quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

PRODUTOS QUÍMICOS E GRAVIDEZ


Tingir ou alisar os cabelos, descolorir ou depilar os pêlos do corpo, enfim, o que pode ser usado e o que deve ser evitado durante a gravidez para garantir o bem-estar da mamãe e um bebê saudável...

 
Não são poucos os limites impostos às grávidas, mas é necessário separar os fatos dos boatos. Saber se é possível manter os cabelos tingidos e lisos, situação desejada pela maioria das mulheres nos tempos atuais, é certamente a maior dúvida das gestantes. Recentemente, a cantora americana Britney Spears contribuiu para o tititi sobre o tema ao ser flagrada com as madeixas tingidas durante a gravidez. E aí a pergunta voltou à tona: a grávida pode ou não pintar os cabelos? A teoria mais recorrente é que a amônia, o benzeno, o chumbo ou o iodo, substâncias comumente encontradas nas tinturas, entram na corrente sangüínea da mãe através do couro cabeludo e podem ocasionar algum prejuízo ao bebê.

Na verdade o assunto é tema de muitas pesquisas e polêmicas, mas o fato é que não há casos comprovados de malefícios ao bebê, entretanto, por segurança, a maioria dos ginecologistas recomenda que as gestantes evitem usar tinturas ou produto para alisar os cabelos ao menos nos três primeiros meses de gestação.

Porém nem tudo é desespero, grávida nenhuma precisará se sentir feia. Para manter a coloração dos cabelos, a opção pode ser as colorações à base de henna 100% natural, que não contêm iodo ou amônia em sua composição e, portanto, os médicos acreditam que não prejudicam o feto. Outra saída é optar por mechas ou luzes, processos que não atingem o couro cabeludo. Os tonalizantes também são aplicados em alguns salões de cabeleireiros, desde que autorizados pelos médicos.

Quanto à cantora americana, ninguém esclareceu que tipo de produto ela usava. Conforme a dermatologista Roberta Buense, da clínica de dermatologia da Santa Casa de São Paulo, o fato é que “os estudos em relação à toxicidade dos agentes colorantes de cabelos utilizados durante a gestação são controversos e inconclusivos. Há estudos que tentam demonstrar a associação do uso de tinturas de cabelo na gestação ao desenvolvimento do Tumor de Wilms – tumor renal, que surge na infância, e pode ser desenvolvido ainda na fase fetal –, no entanto, não há trabalhos conclusivos nesse aspecto. “O risco do desenvolvimento da doença estaria associado a outros fatores como cigarros, café, chá, hipertensão materna, entre outros”, esclarece a dermatologista.

E quanto aos alisamentos modernos, escovas progressivas e definitivas à base de formol? ...
Na verdade eles não são indicados para ninguém, nem para as grávidas, nem para as não-grávidas. É que esses métodos contêm uma quantidade de formol maior que a permitida pela ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária –, o que os torna cancerígenos. Aí, naturalmente, as pessoas perguntam: “e se reduzir a quantidade de formol?” O efeito do produto não será o mesmo, os cabelos não ficarão tão lisos.

Os alisamentos antigos, que não contêm formol em sua composição, não expõem usuários aos riscos do câncer, mas para as grávidas são recomendados apenas a partir do segundo trimestre de gestação. Neste ponto, a especialista chama a atenção para as grávidas que trabalham em salão e estão constantemente expostas a produtos químicos. “As profissionais que trabalham em salões de beleza devem ter atenção especial no período de gestação, por estarem em contato mais freqüente com estes agentes químicos”, finaliza. Por fim, sempre que pensar em atingir a raiz dos cabelos é melhor esperar passarem os três primeiros meses de gestação para contribuir com a perfeita formação do feto.


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